Inseminação artificial no Brasil: como anda o mercado?

Categoria: Reprodução
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O mercado de inseminação artificial em bovinos no Brasil está tão aquecido, que resolvemos compilar neste artigo os dados mais relevantes e informações que você não pode deixar passar batido.

A demanda por produtos de origem animal cresce a cada ano, podendo chegar a um aumento de 30% até 2050. Quando o assunto é atender ao apetite global, a pecuária brasileira sai em disparada: somos o segundo maior rebanho bovino comercial do mundo.

Para os produtores e produtoras, pensar em se manter relevante no ranking é pensar em alcançar o maior número de bezerros na fazenda.

Tudo isso está diretamente ligado ao desenvolvimento e à aplicação de tecnologias que contribuam para o aumento da produtividade nas propriedades, aprimorando os sistemas de criação.

A primeira biotecnologia aplicada ao manejo reprodutivo das fazendas e a mais empregada em todo o mundo é a inseminação artificial (IA), trazendo diversas vantagens para o rebanho.

Qual a importância da inseminação artificial na pecuária?

Nos últimos anos, o grande desenvolvimento da indústria da IA vem revelando a ampliação da consciência de produtores rurais em relação à importância das estratégias genéticas para a intensificação da produtividade dos rebanhos, contribuindo com ganhos importantes para toda a cadeia produtiva de carne e leite.

Além do melhoramento genético, trocar a monta natural pela deposição mecânica do sêmen no aparelho reprodutivo da fêmea auxilia no controle de doenças, possibilita a padronização do rebanho, permite o cruzamento entre raças e a utilização de touros incapacitados para a monta.

Fora isso, temos também um aumento bastante significativo no número de bezerros, já que um único reprodutor pode ter mais de 100.000 filhos. São ganhos para mais de metro, que você confere mais a fundo neste artigo: 11 vantagens da inseminação artificial em bovinos.

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O mercado de IA caminha a passos largos

Recentemente, a Associação Brasileira da Inseminação Artificial (ASBIA) revelou um aumento expressivo de coleta e comercialização de doses de sêmen no ano de 2022, indicando o crescimento do setor da genética bovina nacional.

Segundo a ASBIA (2022), a importação de doses de sêmen diminuiu, demonstrando o aumento da utilização do serviço de forma nacional.

Já a exportação de doses de sêmen brasileiro para o exterior apresentou crescimento nos últimos dois anos.

Em 2020, foram vendidas 508.096 doses, enquanto em 2022 esse número aumentou para 882.085 doses, demonstrando a importância do nosso país dentro do setor de inseminação artificial, onde cada vez mais empresas internacionais investem na genética brasileira.

Além disso, no Brasil houve um aumento nas vendas para o cliente final em 2022 (23.141.134 doses) em comparação com 2020 (21.575.551 doses).

Apesar dos avanços científicos e tecnológicos substanciais ocorridos nos últimos anos, ainda existem produtores que não utilizam nenhuma tecnologia ou avaliação genética para aumento da produtividade.

Temos um grande caminho a percorrer e é nossa responsabilidade disseminar a importância do melhoramento genético e produtivo do rebanho, mostrando ao criador os benefícios da utilização da inseminação artificial nas fazendas, gerando valor para o produtor e para a cadeia de produção de carne e de leite.

Fonte:
˗ Associação Brasileira de Inseminação Artificial; Cepea – Esalq/USP. Elaboração: Cepea – Esalq/USP
˗ United States Department of Agriculture – National Agricultural Statistics Service
˗ Thibier, M.; Wagner, H. G. World statistics for artificial insemination in cattle. Livestock Production Science, v. 74, p. 203-212, 2002.